30 outubro 2008

Consciência, Realidade



Ou tomamos a nossa vida pelas próprias mãos e com ela nossas decisões e escolhas, ou a vida passa a tomá-las à nossa revelia. E então, vamos ter de aceitar o que vier pela frente, independente do que seja causa ou conseqüência.

Só mesmo o tempo para cicatrizar.

E quantas vezes estamos prontos para aguardar esse tempo - dignamente!? Poucas, eu diria.
Outras vezes, sentimo-nos tão pressionados pelo tempo, pelo relógio, por alguma crença interna, pelos outros, pelo mundo, que decidimos decidir tudo rapidamente.
E, então, caímos na mesma armadilha. Decidimos sem pensar. Sem colocar alma. Sem consultar o coração. E então, de novo, adoecemos! Deixamo-nos reagir, meio que de forma explosiva, colocamos tudo a perder.
Então, o que fazer?! Decidir ou não decidir? Agir ou não agir?
Bem, o melhor mesmo é agir. Quando agimos temos (pelo menos em parte) controle sobre o que vai dentro. Podemos nos preparar, projetar como será o futuro, calcular o que vamos necessitar para viver nesse novo formato dar a nós mesmos expectativas...
E toda a vez que nos permitimos agir dessa forma com antecedência, com calma, com equilíbrio , acabamos por fazer um balanço da nossa vida, do que temos, do que não temos, do que queremos e sonhamos... E, então, sair de uma relação, entrar em outra, não ficar com nada ou brigar por tudo passa a ser nosso! Nossa opção para o momento. E, por isso, a escolha sempre nos remete à VIDA, ao AMOR, à VERDADE.

Tenho a certeza de que em qualquer situação o agir nos possibilita viver o ser. Exercitar nosso livre arbítrio, nossa individualidade, nosso querer, nosso gostar.

Conseqüências
Permite-nos ainda manter a nossa saúde emocional, nossa integridade, nossa vontade... E, nesses casos, é real que temos também que administrar as conseqüências. Sejam elas positivas ou negativas, precisam ser analisadas com muita paz e lucidez, elas demandam consciência, realidade.

É, afinal, esse olhar expandido, esse coração aberto, essa alma presente, que nos permitirá partir para um novo momento, uma nova etapa de cabeça erguida.

Clika em cima e desfolha

Hoje eu não me recomendo.....





Não queiras saber de mim
Esta noite não estou cá
Quando a tristeza bate
Pior do que eu não há
Fico fora de combate
Como se chegasse ao fim
Fico abaixo do tapete
Afundado no serrim

Não queiras saber de mim
Porque eu estou que não me entendo
Dança tu que eu fico assim
Hoje não me recomendo

Mas tu pões esse vestido
E voas até ao topo
E fumas do meu cigarro
E bebes do meu copo
Mas nem isso faz sentido
Só agrava o meu estado
Quanto mais brilha a tua luz
Mais eu fico apagado

Dança tu que eu fico assim
Porque eu estou que não me entendo
Não queiras saber de mim
Hoje não me recomendo

Amanhã eu sei já passa
Mas agora estou assim
Hoje perdi toda a graça
Não queiras saber de mim

Rui Veloso

21 outubro 2008

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Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amor à vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos, como sinais
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável:
alem do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo. O de buscar no interior de si mesmo a resposta para encontrar a saída." - Mahatma Ghandi